No discurso sobre o estado da nação, o senhor deputado Afonso Candal traçou um quadro sobre o estado da educação, em que parece que estamos no melhor dos mundos possíveis. Assim, segundo o eminente deputado, os alunos hoje aprendem muito mais nas escolas, os resultados obtidos nas provas de aferição são a prova disso mesmo. Aquilo que este ministério da educação tem feito de forma hábil é transmitir para a opinião pública uma imagem da situação do ensino que não corresponde à realidade, ou seja, aquilo que o ministério transmite para a opinião pública está a anos luz daquilo que é a verdadeira realidade. Por exemplo, nas turmas de C. E. F., a grande maioria dos alunos aparecia nas aulas sem qualquer material. Não traziam sequer um simples caderno ou uma simples caneta. Mesmo nos momentos de avaliação os alunos não traziam qualquer material. O que fazer com estes alunos visto que o sistema não permite a exclusão dos mesmos? É óbvio que estes alunos não estão na escola para aprender, o que fazem, com frequência, é ameaçar alunos e professores e envolver-se em cenas de pancadaria. Agora, eu pergunto: Será que os pais, durante o ano lectivo, não se aperceberam que os seus filhos íam para a escola sem qualquer material? Durante o ano lectivo, em várias reuniões esta situação foi abordada. Os professores alertaram os encarregados de educação da situação, mas esta situação não só não foi corrigida como até se foi degradando. O que podemos fazer para alterar este estado de coisas?
F. Pinheiro
Fernando:
ResponderEliminarO que podemos fazer em primeiro lugar é o que fizeste: tornar público o que se está a passar, de modo a furar o manto de ilusão criado pelas mentiras do governo e pela incompetência dos jornalistas (que não fazem o "trabalho de casa" e em vez de descrever a realidade reproduzem as mentiras do governo).