terça-feira, 21 de julho de 2009

Não pensem que é caso único!

Escola de Darque passou um aluno com nove negativas e garante que foi a melhor solução…

“Negativa a Língua Portuguesa, a História e a Matemática. Negativa também a Geografia, a Físico-Química, a Educação Visual... Feitas as contas, José, chamemos-lhe assim, teve nove negativas em 14 "cadeiras". Tem 15 anos, está no 8.º ano do ensino básico. E a escola passou-o.”

(Notícia do jornal Público. Clique aqui para ler mais.)

Parece mentira mas é verdade. E, como qualquer professor sabe, não é caso único. Há muitos outros casos em Portugal e em todos eles o resultado é semelhante: quando acabam as "ajudas" e o facilitismo, esses alunos reprovam.

De quem é a responsabilidade?

A responsbilidade é, em primeiro lugar, do Ministério da Educação, que faz leis que permitem e até incentivam essa permissividade.

Mas a responsabilidade é também dos professores. Dos professores que ocupam cargos nos órgãos dirigentes das escolas, pois são frequentemente mais papistas que o Papa e inventam regras específicas ainda mais permissivas (e muito diferentes de escola para escola, o que põe em causa o princípio constitucional da igualdade perante a lei) que a lei geral. E também de muitos (e não todos, claro) dos outros professores, que têm medo de ser rigorosos e exigentes na avaliação.

Os professores sabem que as coisas se passam assim e que os primeiros prejudicados são os alunos que se pretende, supostamente, ajudar. Mas as outras pessoas saberão?

3 comentários:

  1. Agrupamento de Escolas Virgínia Moura - Guimarães, aluno passa com 12 negativas.

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  2. Coitado! Devia processar os responsáveis por esse crime.

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  3. Estas situações são casos residuais no nosso sistema educativo e por serem extremas devem ter sido alvo de muita reflexão do Conselho de Turma...preocupam-me mais os casos (não tão extremos ou mediáticos) onde o Conselho de Turma nem analisa as situações e passa os alunos porque "só tem 3 ou só tem 4" sem saber o mal que está a fazer aos alunos...

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