quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Wonderful World - Sam Cooke - UPGRADED

Fenprof concorda com avaliação professores de topo mas pede processo especial - JN

Fenprof concorda com avaliação professores de topo mas pede processo especial - JN


A Fenprof concorda com a avaliação de professores no topo de carreira, mas não muito. Para os professores que estão no topo reivindica uma avaliação especial. Certamente que não será mais exigente. No fundo, o que a Fenprof pretende é uma espécie de formação de castas baseada na antiguidade. Haveria assim uma casta superior com os professores dos últimos escalões e os outros. Espero que o ministério não embarque nesta pretensão da Fenprof em troca do seu silêncio e outras benesses. Se olharmos para a estrutura da Fenprof esta reivindicação faz todo o sentido, pois, a maioria da rapaziada está no final de carreira.

F. Pinheiro

sábado, 27 de agosto de 2011

Joao Gilberto e Caetano Veloso - Garota de Ipanema

Avaliação de Professores


Avaliar professores não é uma tarefa fácil. É sempre possível encontrar medidas justas que não são exequíveis. Um exemplo bastante badalado tem sido a contabilização dos resultados dos alunos na avaliação dos professores. É uma medida justa de difícil implementação. A introdução da medida iria ter efeitos perversos. Seria um incentivo à inflação das notas.

Uma alternativa seria avaliar os professores a partir dos resultados obtidos pelos alunos em exames nacionais. Seria uma medida de difícil aplicação em todas as disciplinas. Por isso, o ministro da educação abandonou a ideia. Esta decisão revela uma certa prudência e o respeito pelo princípio da universalidade na avaliação de professores.

Mais difícil de perceber é a proposta do ministério de isentar de avaliação os professores posicionados nos últimos três escalões. A medida é ainda mais absurda pelo facto de serem esses os professores que irão avaliar os restantes professores. Não vejo a mínima justiça nesta proposta, pois, estes alcançaram os escalões do topo da carreira pela antiguidade e não por terem dado provas de mérito para desempenhar semelhante função. A insenção de avaliação só poderá ser justificada para os professores que estão posicionados no último escalão, pois, a avaliação não terá qualquer efeito para a progressão na carreira.

Perante isto, os sindicatos dizem que não será por esta proposta que irão recusar este modelo de avaliação. Com isto revelam falta de sentido de justiça e um profundo desprezo pela generalidade dos professores. Por que será?

A meu ver, a única forma de resolver este problema seria caminhar para uma avaliação externa realizada por inspectores que apenas se dedicariam à avaliação de professores. Estes inspectores deveriam receber formação para desempenharem o seu papel de modo profissional. Seria uma avaliação feita por profissionais em vez de amadores, com as vantagens e desvantagens que essa avaliação acrretaria.

F. Pinheiro

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Nascimento de Jorge Luís Borges



Celebra-se hoje o nascimento de Jorge Luís Borges. Foi um dos maiores escritores do século vinte. A ideia de labirinto é central em toda a sua obra. Renovou a linguagem da ficção. Os temas tratados são aqueles que elevam o espírito e trazem em si promessas de felicidade. Os sonhos, os labirintos, as bibliotecas estão presentes nas suas grandes obras. Nada lhe proporcionava maior felicidade do que o amor e as biliotecas. Nestas encontrava a matéria de que se fazem os sonhos. Os outros livros. Cada livro nasce de outros livros. Cada livro é um labirinto que se perde noutros labirintos. Era neste mundo que Borges se sentia bem. Era aqui que estava o seu paraíso.

"Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de biblioteca. "
J. Luís Borges


F. Pinheiro

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

BLUE MOON - ELLA FITZGERALD - LYRICS


Sustentabilidade da Segurança Social




Segundo notícia do jornal i, as reformas da banca são cerca do dobro das reformas da segurança social. A média das reformas no sector bancário é de 1182 euros, na segurança social é de 472 euros, a média das reformas dos servidores do estado é de 1254 euros brutos por mês. O banco de Portugal ainda é mais generoso, paga cerca de 1500 euros brutos por mês. É profundamente injusto que as diferenças sejam tão significativas, até porque algumas destas pessoas não poderão ter uma velhice digna. O sistema de cálculo das pensões é diferente nestes subsistemas o que explica, em parte, as diferenças. Mas não explica tudo. O sistema da segurança social acolhe um elevado número de pessoas que pouco descontaram durante o período contributivo, por isso, auferem penões muito baixas. Por outro lado, compreende muitas pessoas com reduzidas qualificações profissinais que levou a que descontassem pouco para o sistema da segurança social.

A notícia não deixa de ser sensacionalista. Os jornalistas deveriam procurar esclarecer as razões da diferença e não constatar apenas a existência da mesma. No entanto, abordam um aspecto essencial que se prende com a sustentabilidade da segurança social. No artigo é referido que a transferência do fundo de pensões dos bancos para a segurança social, no futuro, irá pôr em causa a sustentabilidade da mesma.

O governo recentemente empossado para cumprir a meta do défice acordado vai recorrer a receitas extraordinárias. Fala-se na integração dos fundos de pensões do sistema bancário na segurança social. Esta medida resolve um problema de curto prazo, mas cria um problema colossal a longo prazo. O estado ao transferir os fundos do sistema bancário para a segurança social transfere também uma série de encargos futuros que põem em causa a sua sustentabilidade. No fundo, continuamos a adiar a resolução de problemas até que o sistema estoire.

http://www.ionline.pt/conteudo/143743-reforma-na-banca-e-o-dobro-da-seguranca-social

F. Pinheiro



segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Janis Joplin - Summertime - Woodstock

Faz hoje 42 anos que se iniciou o lendário festival Woodstock. Janis Joplin esteve presente. Há nesta voz e nesta canção um misto de amargura e mistério.

F. Pinheiro



A Tecnologia e a Aprendizagem

A escolha do professor Nuno Crato para ministro da educação colheu grande aceitação entre a generalidade dos professores. Os primeiros dias à frente do ministério não desiludiram. Foi apresentando algumas medidas que revelam lucidez e capacidade de identificar os problemas das escolas. Agora falta saber se tem capacidade para aplicar algumas das medidas que sempre defendeu. O aumento do número de alunos de 24 para 26 no ensino básico não irá contribuir, certamente, para a melhorar a qualidade de ensino. Os constrangimentos orçamentais justificam muita coisa mas não podem justificar tudo. Não creio que acredite na bondade da medida, por isso, ou estamos perante falta de peso político do ministro, ou então, a necessidade de conter as despesas do ministério falou mais alto. Mas, se os constrangimentos orçamentais são tão severos não se percebe a razão do aumento da carga horária nas disciplinas de Português e Matemática, pois, nestas disciplinas bem como em muitas outras, os alunos precisam sobretudo é de se empenhar bem mais. Para os alunos que não querem estudar e que não fazem qualquer esforço o aumento da carga horária nas referidas disciplinas não vai resolver qualquer problema. Muitos alunos precisam é de estudar bem mais. Precisam de perceber que a escola não é um local de diversão, mas, antes, um local de trabalho. Precisam também de perceber que o trabalho realizado na escola deve ser consolidado em casa através de um estudo individual.

Hoje, em Gouveia, o ministro referiu que mais importante que a tecnologia (computadores) é o empenho de professores, alunos e pais. Aliás, a distribuição de computadores pela generalidade dos alunos foi uma medida errada. Tanto mais errada quanto mais jovens foram os destinatários . Muitos alunos do primeiro ciclo nunca desenvolveram, convenientemente, as competências da escrita por falta de treino. Muito cedo, começaram a utilizar o computador para escreverem, o que levou a que não conseguissem apresentar uma caligrafia aceitável. As competências da escrita conseguem-se com muita prática. Esta desenvolve a função. Além disso, foram realizados estudos que mostraram que a exposição excessiva face aos computadores prejudica claramente a memória e a capacidade de concentração dos alunos, por isso, é importante que os computadores e a tecnologia associada passem a ser vistos como um instrumento e não como um fim em si mesmo.

F. Pinheiro

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=501533

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Beethoven - Sonata ao Luar (Moonlight Sonata)

Noites quentes de Verão. As pessoas saem de casa e deambulam pelas ruas. A lua cheia enche os céus e ilumina os quintais. A natureza respira serenidade. Esta música de Beethoven exibe a serenidade de uma noite de lua cheia.

F. Pinheiro



quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Jimi Hendrix - Hey Joe [Live]


Cenários Apocalípticos

A violência espalha-se pelas diferentes cidades de Inglaterra a uma velocidade estonteante. Nas principais cidades instalou-se o caos. A violência adquiriu contornos preocupantes nas cidades de Londres, Birmingham, Manchester, etc. As forças de segurança estão a dar sinais de serem incapazes de resolver o problema. Aliás, o testemunho de vários polícias vai no sentido de nunca se terem deparado com nada assim. Em várias cidades, as populações organizam-se para defender os seus bens. O aparecimento de mílicias populares acontece porque o estado é incapaz de garantir a sua segurança e dos seus bens, contudo, esta situação é preocupante, pois, estas pessoas não têm formação para lidar com os problemas que vão surgindo. Neste caso, estamos perante uma degradação do estado de direito, pois, este é incapaz de manter a ordem pública.

O fenómeno tem sido explicado por psicólogos sociólogos antropólogos, etc. As explicações são bastante variadas. Ouve-se um pouco de tudo. Para alguns, a razão da violência prende-se com a crise e com as medidas de austeridade implementadas pelo governo conservador. Para outros, deve-se à falta de valores e ao desrespeito pelos outros. Outros falam mesmo na globalização e no sistema liberal como os grandes culpados por aquilo que está a acontecer. Certamente que as razões podem ser várias, mas, há nestes comportamentos algo de absurdo e aterrador. Nada justifica esta violência gratuita. Em muitos casos, os criminosos não retiram sequer qualquer proveito da destruição que provocam. Possivelmente, rejubilam com o espectáculo da destruição. Alimentam-se do horror. Tiram prazer do caos. É aquilo a que podemos chamar o verdadeiro mal.

Algo profundamente perturbador é o facto de a turba ser composta maioritariamente por adolescentes e até por crianças. Como é possível que estes jovens manifestem um profundo desrespeito pelos outros seres humanos?Talvez, em parte, a razão para estes comportamentos esteja na educação recebida nas escolas. Quem conhece o funcionamento das escolas inglesas sabe quão difícil é castigar uma criança ou um adolescente. Como raramente são castigados o sentimento de impunidade vai criando raízes. Os limites ao seu comportamento são algo difusos, por isso, a tendência para abusar é maior. A situação existente em Portugal e em vários países europeus não é muito diferente, por isso, é possível, por um efeito mimético, que estes comportamentos se repitam noutros países.

F. Pinheiro




domingo, 7 de agosto de 2011

P - Também são mais violentos e indisciplinados...

R -"Hoje, os alunos não vão buscar nada à escola que não haja em casa. A escola tem de competir com a internet, a Playstation, tudo e mais alguma coisa que eles têm. Há esse desafio enorme de se tornar maois atractiva e conseguir que os alunos não vão lá por obrigação. É preciso usar os recursos que temos e mais imaginação."

Excerto do Expresso de 06-08-2011


Neste excerto, o entrevistado não responde de forma objectiva à questão colocada. A meu ver a resposta é algo despropositada, mas revela uma certa ideologia que tem tido consequências muito nefastas nas escolas. A ideia de que os alunos não vão buscar nada à escola que não tenham em casa é uma ideia aterradora. Então, para que servem as escolas? A ideia de que a escola não acrescenta nada à formação proporcionada pelos pais é um profundo disparate. Se fosse verdade, então, melhor seria encerrar as escolas, pois, com essa medida poupar-se-ía muito dinheiro. Talvez, o estado português equilibrasse as contas.

Depois, há aquela ideia de que a escola tem que ser atractiva, que todas as actividades têm que ser reguladas pelo princípio do prazer. A ideia de que os alunos devem ir para a escola por prazer e nunca por obrigação não faz qualquer sentido. A escola não tem que ser um lugar enfadonho, mas também não podemos acreditar, ingenuamente, que a escola é um lugar onde todas as aprendizagens podem ser realizadas por prazer.

F. Pinheiro

Gaivota-Sónia Tavares

sábado, 6 de agosto de 2011

Talking Heads Road To Nowhere Lyrics

Fim das Novas Oportunidades?

Segundo notícia de ontem do Jornal de Negócios foi demitido o responsável máximo pela gestão dos cursos das Novas Oportunidades, Luís Capucha. Uma boa notícia. As Novas Oportunidades serviram para distribuir diplomas com a finalidade de enfeitar as estatísticas e para promover uma série de negócios com empresas privadas e centros de formação. Criaram nas pessoas a ideia de que tudo se pode conseguir sem esforço, trabalho e dedicação. Esta ideia foi-se enraizando na sociedade portuguesa com consequências desastrosas para o desenvolvimento do país. Esperemos que as coisas mudem e que se procure um novo modelo de ensino alternativo ajustado à população a que se dirige.

F. Pinheiro



http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=500253

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

É preciso avaliar as Novas Oportunidades - DN

As novas oportunidades serviram muita gente, excepto os alunos. Serviram para muitas empresas darem cursos sem qualquer qualidade e terem receitas acrescidas. Mas, houve também muitos professores que, deste modo, tiveram a oportunidade de leccionar. O lado mais sinistro das novas oportunidades prende-se com a exisência de currículos pobres e incompreensíveis, com a ausência de rigor e pressões várias para passar a generalidade dos alunos, ou seja, as novas oportunidades serviram para enfeitar as estatísticas e enganar todos aqueles que procuraram as novas oportunidades com o objectivo de aprenderem alguma coisa.

Na notícia do Diário de Notícias, os partidos da esquerda mantêm-se no mesmo registo: os exames não avaliam correctamente as aprendizagens, acentuam as desigualdades sociais e, por fim, são um sinal de desconfiança para com o trabalho dos professores. Haja paciência. Estes representantes da esquerda caviar vê-se que nunca deram aulas, mas já estão contaminados pelo eduquês. Depois, é sempre aquela ladainha de que estão a defender os desfavorecidos, como se fosse possível defender os pobres mantendo-os na ignorância. Quem já deu aulas em disciplinas sujeitas a exames sabe que os alunos têm uma atitude muito mais responsável e uma maior abertura à realização de aprendizagens, por isso, a existência de exames, desde que bem formulados e adequados à idade dos alunos, pode contribuir decisavamente para a melhoria da qualidade do ensino.

F. Pinheiro

terça-feira, 2 de agosto de 2011

A venda de Roberto

O Benfica conseguiu vender o seu guarda redes por 8,6 milhões de euros. É obra. Eu não percebo gande coisa de futebol, mas, parece-me que se notabilizou mais pelos frangos que deixou entrar do que pelas defesas que efectuou. Sempre foi considerado pela crítica como um guarda redes medíocre, por isso, ter sido vendido por 8,6 milhões é um feito espantoso. Segundo os jornais, o responsável pela venda foi o empresário Jorge Mendes que se tem destacado na realização de grandes negócios.

A situação económica de Portugal é extremamente grave. O estado e as famílias andaram durante anos a endividarem-se de forma alegre e despreocupada, pensando que nunca teriam de pagar as dívidas. Segundo Daniel Bessa, durante o governo de Sócrates, o estado português endividou-se de forma colossal (à razão de um milhão de euros por hora). O resultado desta inconsciência está a ver-se e já se sente. O país tornou-se insolvente e daí a necessidade do pedido de ajuda. As condições impostas pela troika foram draconianas. Entre essas condições está a imposição de vender grande parte das empresas públicas para abater na dívida. É vida. Vendem-se os anéis para, talvez, salvar os dedos. Mas, no meio desta desgraça toda, há, aqui, uma janela de oportunidade. Na minha modesta opinião, o estado deveria contratar o senhor Jorge Mendes para vender estas empresas, pois, este senhor já deu mostras de que sabe vender. Se ele conseguiu vender o Roberto por este valor, certamente que também conseguirá vender muito bem as empresas do estado. As minhas expectativas são bastante elevadas, penso que com o resultado da venda conseguiremos pagar todas as dívidas e ainda ficar com alguns trocos para tremoços.






F. Pinheiro

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Ministro da Educação no Jornal de Domingo da TVI

Vale a pena ver e ouvir a pequena entrevista de Nuno Crato na TVI.