terça-feira, 2 de agosto de 2011

A venda de Roberto

O Benfica conseguiu vender o seu guarda redes por 8,6 milhões de euros. É obra. Eu não percebo gande coisa de futebol, mas, parece-me que se notabilizou mais pelos frangos que deixou entrar do que pelas defesas que efectuou. Sempre foi considerado pela crítica como um guarda redes medíocre, por isso, ter sido vendido por 8,6 milhões é um feito espantoso. Segundo os jornais, o responsável pela venda foi o empresário Jorge Mendes que se tem destacado na realização de grandes negócios.

A situação económica de Portugal é extremamente grave. O estado e as famílias andaram durante anos a endividarem-se de forma alegre e despreocupada, pensando que nunca teriam de pagar as dívidas. Segundo Daniel Bessa, durante o governo de Sócrates, o estado português endividou-se de forma colossal (à razão de um milhão de euros por hora). O resultado desta inconsciência está a ver-se e já se sente. O país tornou-se insolvente e daí a necessidade do pedido de ajuda. As condições impostas pela troika foram draconianas. Entre essas condições está a imposição de vender grande parte das empresas públicas para abater na dívida. É vida. Vendem-se os anéis para, talvez, salvar os dedos. Mas, no meio desta desgraça toda, há, aqui, uma janela de oportunidade. Na minha modesta opinião, o estado deveria contratar o senhor Jorge Mendes para vender estas empresas, pois, este senhor já deu mostras de que sabe vender. Se ele conseguiu vender o Roberto por este valor, certamente que também conseguirá vender muito bem as empresas do estado. As minhas expectativas são bastante elevadas, penso que com o resultado da venda conseguiremos pagar todas as dívidas e ainda ficar com alguns trocos para tremoços.






F. Pinheiro

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