terça-feira, 25 de outubro de 2011

"Só vamos sair desta situação empobrecendo"

Na conferência do Diário Económico, esta manhã, Pedro Passos Coelho reconheceu, implicitamente, aquilo de que já se suspeitava. Só conseguiremos sair do buraco em que estamos empobrecendo. Por isso, os subsídios de férias e de Natal já eram. Os funcionários públicos não irão perder estes subsídios apenas nos próximos dois anos. Possivelmente, nos próximos dez anos não voltarão a vê-los. A pressão nos gastos da saúde e da segurança social tenderão a acentuar-se. Por outro lado, o envelhecimento da população e a fuga de jovens para o estrangeiro à procura de melhores condições de vida farão o resto.

A única forma de dar a volta a isto é fazendo uma profunda reforma administrativa. Reduzir o número de Câmaras a um terço seria uma saída, mas a classe política não mostra grande abertura para levar a cabo esta reforma, pois, é aí que se distribuem grande parte das benesses com que os políticos sonham. Os aparelhos partidários são contra esta reforma. A generalidade dos autarcas já disseram que os seus serviços são imprescindíveis, por isso, o mais certo é que fique tudo na mesma.

F. Pinheiro

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