segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Perigo à espreita?

Este fim de semana houve eleições regionais no estado Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental. Este estado, outrora pertencente à Alemanha Democrática, é o mais pobre da Alemanha unificada. O partido de Angela Merkel sofreu mais uma derrota. É o costume. Os Liberais, parceiros de coligação, foram varridos do mapa. Não conseguiram qualquer lugar no parlamento regional. Os grandes vencedores foram o SPD e os Verdes. Mas a grande surpresa mora na extrema direita. O partido NPD defensor dos ideais neonazis conseguiu uma votação em torno dos 5% e, consequentemente, estará representado no parlamento. Este pequeno partido tem revelado um profundo desprezo pelas regras democráticas, sendo assim, deve-se colocar a seguinte questão: será que as democracias devem aceitar no seu seio partidos de matriz antidemocrática?

F. Pinheiro


1 comentário:

  1. É uma questão bastante pertinente.
    Este assunto é algo paradoxal pois, se por um lado a democracia, pela sua própria definição, deve ser permissiva a todas as culturas, todas as ideologias, todas as crenças e todos os partidos. Por outro lado, ao aceitar partidos de ideologia antidemocrática, pode estar a assinar a sua própria sentença de morte.
    Pode-se defender que a democracia permita a sua autodestruição, caso seja essa a vontade do povo, sem dúvida seria uma característica muito altruísta.
    Como todos os regimes não democráticos ao longo da história deixaram más recordações eu penso que a democracia não deva permitir partidos de cariz não democrático, isto é, deve impor a “ditadura da democracia”.

    Francisco Bica

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