sexta-feira, 29 de julho de 2011

Avaliação de professores

As propostas apresentadas pelo ministro da educação para avaliar os professores, veiculadas pela comunicação social, mostram bom senso e poderão trazer estabilidade às escolas. É certo que vai haver sempre quem se oponha, pois não é possível encontrar um modelo de avaliação que agrade a todos.

A promessa de desburocratizar o processo é positiva. Esperemos que não se fiquem pelas intenções. O anterior modelo de avaliação era excessivamente burocrático, o que se traduzia na realização de uma série de tarefas que não eram vantajosas nem para alunos nem para professores.

A ideia de tornar os ciclos de avaliação mais longos e coincidentes com a duração dos escalões da carreira docente é uma boa medida, pois, evita que todos os professores sejam avaliados ao mesmo tempo tarefa que é difícil de executar. Por outro lado, permite que os professores dediquem mais tempo àquilo que é essencial na tarefa do professor- preparar aulas, fazer leituras, dominar em termos científicos as matérias que leccionam, etc.

Por fim, a medida que julgo mais crucial diz respeito à observação de aulas. Garantir que a observação de aulas será realizada por professores da mesma área disciplinar e exteriores à escola é dar um passo no caminho certo da avaliação de professores. Com esta medida, reconhece-se a importância da componente científica na avaliação de professores. O anterior modelo permitia que os relatores fossem avaliados, quando requeriam observação de aulas, por profesores de outras áreas disciplinares. Esta situação configurava um profundo desprezo pela capacidade científica/pedagógica do professor avaliado. É com este tipo de medidas que se combate o eduquês. Por outro lado, a observação de aulas por professores exernos à escola permite, ainda, conferir uma maior objectividade ao processo.

F. Pinheiro



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