terça-feira, 8 de novembro de 2011

Vídeo mostra aula perturbada em escola de Sintra, ministro diz que não tolera indisciplina


A indisciplina é o principal problema das nossas escolas, pois impede que os alunos bem comportados aprendam como deveriam aprender. Muitas vezes, um número reduzido de rufias destroem qualquer clima propício à realização de aprendizagens. Mostram um profundo desprezo por aqueles que querem aprender, chegando mesmo até a intimidar aqueles que lhes façam frente. Atualmente, estes comportamentos não são severamente punidos na generalidade das escolas portuguesas, pois, há sempre quem lembre que a escola é inclusiva e não podemos estar a contribuir para a marginalização destes alunos.

Por vezes, entre os "filhos de Rousseau" há alunos que ameaçam os professores física e psicologicamente. Se o professor preencher a papelada que a situação exige, o aluno, no máximo, é suspenso durante cinco dias. Mas, há escolas que até são menos severas. Se o aluno fizer uso de formas de violência mais subtis, como, por exemplo, se empurrar o professor para que este se magoe a pena não difere muito da situação anterior.

As penalizações estão embrenhadas em processos burocráticos que só beneficiam os alunos. Esta situação leva a que os alunos interiorizem a ideia de que poderão fazer o que lhes apeteça pois dificilmente lhes acontecerá o que quer que seja. Deste modo, a impunidade medra. A burocracia inerente às suspensões acaba por ser desmotivadora. O legislador e a generalidade das escolas convenceram-se de que se resolvem os problemas preenchendo papelada. O resultado está à vista. Muitas escolas estão a tornar-se em lugares pouco recomendáveis onde campeia a anarquia, a brutalidade e a falta de civismo.

É altura de o Ministro da Educação fazer alguma coisa. Seria bom que começasse por rever o estatuto do aluno. Reduzir o número de faltas injustificadas já seria um bom começo. Responsabilizar os encarregados de educação pelo mau comportamento dos alunos, prevendo multas para os casos de alunos mal comportados, provavelmente, levaria os pais a empenharem-se mais na educação dos filhos.

F. Pinheiro

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