Quando Sócrates, no comício (aquilo não foi de todo uma entrevista) que deu na RTP ontem à noite, admitiu que "talvez não tivesse havido suficiente delicadeza no tratamento com os professores" proferiu um enorme eufemismo.
Mas a ministra da Educação conseguiu ir mais longe na arte do eufemismo ao descrever o que se passou nos últimos quatro anos com a expressão “problemas de comunicação entre Governo e professores”.
E, segundo se pode ler aqui, claro que “não viu uma crítica ao seu trabalho nas declarações do primeiro-ministro”. Suponho que o facto de últimos tempos se sucederem as declarações de personalidades do PS com críticas à sua acção, lamentando inclusivamente que Sócrates não a tivesse afastado, não deve passar de um “problema de comunicação”.
Não há dúvida que a falta de franqueza da ministra ombreia com a sua falta de habilidade política.
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